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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

"O lar das crianças peculiares" e a vontade de viver

"O lar das crianças peculiares" e a vontade de viver
Assisti ao novo filme de Tim Burton - "O lar das crianças peculiares", baseado na obra de Rason Riggs, o filme segue o livro até o momento em que Jacob encontra a fenda do tempo e entra no mundo dos peculiares, depois disso ele ganha vida própria e virá uma obra do Burton, como Rason Riggs disse diretor melhor não teria para dirigir uma adaptação de seu livro as telas, pois apesar de todas as alterações, inclusive mudando o final da saga original, a essência da obra está ali e é exatamente por isso que o autor dos livros aprovou o filme.
Tim Burton tomou esse filme para coroar-se, elogiar-se, ele se auto-referência o filme inteiro, com homenagens a diversos filmes desde "Edward mãos de tesoura" ao mais sério e baseado em fatos reais "Grandes olhos", até mesmo ele tem uma pequena, mas ótima participação no filme.
Tim mais uma vez nos oferece uma obra auto-biográfica, e Asa Butterfield o ator principal com toda a certeza fará outros filmes de Tim Burton, pois ele é o típico herói burtoniano, ele se parece com um desenho estranho do Tim Burton, simplesmente combina, assim como a excelente Eva Green que ficou ótima como Miss Peregrine.
Por que o filme é uma auto biografia de Burton?
Não é desconhecido o fato de que Burton teve uma infância peculiar, que seus pais o tracavam dentro de seu quarto, que ele era tido como doido, seus filmes geralmente são exatamente isso, e esse não é diferente, Jacob é aquele menininho estranho que era tachado como louco, que ninguém dava nada, mas que tem um crescimento espetacular e nunca cede ao vitimismo.
Outro coisa maravilhosa do filme é que as crianças apesar de terem poderes não são super heróis, não querem salvar o mundo do que quer que seja, apenas querem viver, apenas querem um lar para chamar de seu e poder viver em paz, sem que os perigos da vida os maltrate tanto, o livro tem o mesmo plote ao nos dizer "agora temos tempo e que belo é ter tempo".
Vinicius Diniz Rosa

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