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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Vaidade e inveja, duas canções e um Fairy Tales

Vaidade e inveja, duas canções e um Fairy Tales
Vinicius Diniz Rosa


Era uma vez em um reino distante
Duas belas mulheres uma era rainha
Outra uma princesa que fora abandonada ao nascer
Pela mãe que temia que sua beleza fosse um dia maior
Então para a floresta entregou seu corpo
Para ser devorado pelas selvagens criaturas
Enquanto ela dançava em frente a seu espelho
O festival de vaidade...


- Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu?
- Não, você é a única pérola brilhante desse reino...


Mas a dança da rainha um dia iria parar
Pois sua filha sobreviveu
E cresceu tão bela quanto à triste neve
Que caia sempre ao seu corpo
Fazendo-a brilhar como as estrelas pálidas


- Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu?
- Há, há, há, minha rainha, há, há, há!
- O que disse?
- Há, há, há, minha rainha, há, há, há!
- Me mostre espelho meu quem é essa infeliz!
A imagem da bela jovem apareceu para a rainha
Que com ferocidade saiu de seu templo a vaidade


A rainha então em fúria
Teve sua vaidade que já era um pecado
Misturada a inveja e ao rancor
E seu olho assassino queria ver sangue
Sem mal pensar em conseqüência alguma
Contratou um caçador e fez o pedido infame

- Encontre a metida e me traga seu coração!!!

O caçador então saiu em sua busca
Mas ao encontrar a bela de pele branca como a neve
Seus olhos marejaram-se e se apaixonou
O caçador então incapaz de matar a bela Branca de Neve
Então disse a ela...

- Você nunca viu o mundo, mas já querem sua morte.
Então por favor, fuja, continue escondida nessa floresta
Eu levarei o coração de outra fera qualquer.

A jovem Branca de neve voltou ao seu abrigo
Mas mal sabia ela que sua inimiga era uma feiticeira
Que já havia visto em seus caldeirões presentes de satã
Que o caçador havia traído sua missão
Então a rainha traiçoeira com olhos de sangue
Assassinou o caçador e partiu para concluir o serviço

Certa feita uma velha bruxa apareceu no abrigo da jovem Branca
Parecia uma velha simpática, vendedoras de frutos proibidos
Branca de Neve que nunca virá a maldade do mundo
Caiu na lábia da velha bruxa e então aceitou a maçã
E ao morder caiu morta...

- Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu?
- A mais bela é você, minha rainha.

Os amigos da jovem Branca ao chegarem ao abrigo
Viram o corpo triste caído no chão
E como admiravam aquela figura bela
Decidiram que um caixão de vidro seria melhor
Pois sua beleza era inspiradora e devia ser vista para todo o sempre
Então com o corpo no caixão, um cortejo eles lhe deram
Até que um cavalheiro que passava pela floresta
Fitou o caixão de vidro e ficou curioso
E então ele foi ver do que se tratava
Ao chegar perto, o caixão revelou a ele um belo corpo
Que o encantou, o inspirou, ele então como um louco saltou
E pediu um pedido infame aos pequenos amigos
- Posso Beijar esse cadáver?
Os anões da selva, se olharam, abriram a tampa e esperançosos
Observaram o cavalheiro se aproximando dos lábios da bela jovem
Que ao sentir um ar quente perto de seu rosto
Tossiu, tossiu, tossiu e desengasgou-se
Acordando da suposta morte...

- Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu?
- Há, Há, Há!!!
A rainha então deu um grito tão forte de ódio,
Que o espelho se estraçalhou
E pedaços dele voo em sua direção
Perfurando sua pele e se alojando em seu corpo
Ela cambaleou quando viu
Que nos cacos do espelho
Estava a bela Branca
Que além de bela havia encontrado sua felicidade
A rainha não aguentou de tanto ódio e inveja
Saiu correndo de seu castelo
Para tentar novamente matar a bela Branca de Neve
Mas seu desespero por ser a mais bela era tanto
Que seus olhos que só enxergavam a mulher que queria morta
Não viu o penhasco que surgiu a sua frente
Ela então caiu para a morte
E seu corpo inteiro acabou completamente desfigurado
E seu último grito foi:
- Eu sou a mais belaaaaaaaaaaaaa!!!
Os cacos do espelho que perfuraram e se alojaram em seu corpo
Responderam diabolicamente:
- Não, não é... KIAHAHAHAHAHHAHAH!
Satã abraçou a rainha assassina

E a bela Branca se tornou rainha...

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