Procurar pode, achar é outra história...

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

L - Change the world - Esse título bem que poderia ter uma interrogação

 L - Change the World - Esse título bem que poderia ter uma interrogação 
       

  Uma vez escrevi sobre o universo de Death Note, criado pela Tsugumi Ohba e belamente ilustrado pelo mangáka Takeshi Obata, nem me lembro muito do que lá escrevi e até duvido da qualidade daquele velho texto sobre a obra que re-comentarei hoje, graças a minha atual leitura do livro de conto policial e mistério, adaptado do último filme dos três filmes de Death Note, tendo assim o mesmo título do terceiro filme "L - Change The World"
, pois foi baseado neste último, livremente adaptado, como está dito no livro na página 190, ironicamente achei melhor que o filme.
   Esses filmes para quem não os conhece, traz uma história onde Near e Mello não aparecem no lugar de L para solucionar o caso Kira, pois L nesses filmes não morre nestá investigação, dando para ele o crédito de solucionar o caso e essa maravilhosa (ao menos no livro) conclusão da obra em "L - Change The World".
    Antes de me aprofundar mais nesse comentário do livro, quero deixar claro que a própria autora de Death Note disse numa entrevista publicada no Brasil pela JBC em "Death Note 13 - How to read" que sua obra é meramente pra divertir, um entretenimento "bobo", que não quer e nem tem a grande intenção de trazer grandes mensagens, mas como um antigo escritor inglês ensina, G. K. Chesterton, no seu livro "O defensor", nesses entretenimentos baratos, sem fino trato ou grande rebuscamento é que se pode encontrar sabedoria e verdadeiro imaginário popular, e que as vezes negligenciando tais obras de um centavo (ele era inglês, século XIX), perdemos a oportunidade de  aprender e de saber coisas que podem ser importantes. Então pensando nisso, lendo o livro "L - Change the world",  mero entretenimento, vemos ali de maneira simples uma das grandes lições que alguns filósofos, que falam para especialistas apenas com empolamento e enrolação, buscam ensinar:
        - O perigo de utopias.
       - O perigo de achar que sabe o segredo para o mundo melhor e assim se dar o direito de até mesmo matar o próximo, para atingir a esse ideal.
       Muitos filósofos de verve mais conservadora atentam a isso e Death Note, tanto no mangá, quanto no Livro do L (personagem da série que é conhecido como o maior detetive do mundo), mostra isso, como se tornam perigosas as pessoas que querem ser heróis.
    Aconselho piamente a leitura desse livro, pois além de divertido, fácil, rápido, frenético
 ele nós ensina valores, nos ensina a valorizar o sorriso simples de uma criança e a não tentar salvar o mundo a qualquer meio,  pois o futuro a Deus pertence, e a nós está ofertado o agora para amar, viver e sermos algo.
    Sobre a estrutura do livro, adorei a idéia de fazer a contagem dos capítulos regressiva, começando do 23 ao 0, representando os dias de vida que L possuí, isso deixa (ao menos a mim) o leitor mais aflito, pois as coisas vão acontecendo, o tempo dele para resolver o caso encurtando, vai dando aquela aflição, isso é muito bom.
   Conheça a literatura japonesa a partir desse conto policial que apesar de recente 2007, acredito que deveria se tornar um clássico.


 Texto de Vinicius Diniz Rosa

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