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sábado, 18 de julho de 2015

Taxidermia - Um poema de amor eterno

Taxidermia - Um poema de amor eterno
Vinicius Diniz Rosa

Eu não posso negar as vezes penso em te matar 
Empalhar e deixar sua estátua ao sol em minha sacada 
Para poder admirar todos os dias a sua companhia silenciosa 
Sem te enterrar, sem dizer adeus, apenas para mim ao sol estática
Admirando os pombos da cidade voando pelo céu azul 
Rindo com você das tragédias ao portão 
A eternidade assim, ao sol, em uma sacada 
Admirando os pombos e cantando alguma canção 
Que nós lembre os tenros momentos em que tentava fugir de mim 
Correndo com aquele ar tão "alegre" que me excitava 
Enquanto a chuva de bombas caiam 
Enquanto a tempestade de tiros faziam sua sinfonia romântica 
Que Cintilava em meus ouvidos sonhos eternos ao seu lado
Na sacada admirando os pombos da cidade voando 
Enquanto seu belo corpo empalhado seguro de envelhecer 
Seguro que não iria a lugar algum 
Seguro que sempre estaria ali me esperando 
Seguro que estaria sempre ao meu lado 
Admirando os pombos a voar e rindo dos nossos próprios pecados 
Brincando com as tragédias ao portão 
Dançando no por do sol um tango de amor 
Se lembrando dos bons e maus momentos 
Se lembrando da vida que tínhamos insegura sem saber o amanhã 
Saberíamos que não perderíamos um ao outro 
Ficaríamos na sacada empalhados, eternizados
Alguns não chamariam isso de amor 
Chamariam de possessividade 
Mas meu amor, não acredite neles eu estou aqui 
Pronto para te eternizar! 
Não precisa gritar, eu irei junto de ti! 
Não me chame de louco, apenas veja minha paixão 
Eu também ficarei estático com você 
Então sorria, já vivemos tanto 
Já aprendemos que por mais que os problemas e a dor seja grande 
O importante é ter um sorriso na cara 
E ficar ao lado de quem te ama, e eu estou aqui! 
Pronto para te eternizar, pronto para me eternizar 
Em uma sacada ao sol ficar 
Admirando os pombos a voar 
E rindo das tragédias ao portão

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