Procurar pode, achar é outra história...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A liberdade e a escrita - Sobre o Livro "Sobre a escrita- A arte em memórias de Stephen King"

A liberdade e a escrita - Sobre o Livro "Sobre a escrita- A arte em memórias de Stephen King"
Por Vinicius Diniz Rosa

   Eu particularmente não gosto de resenhas, apesar de ler muitos ensaios que são resenhas de grandes livros, por isso não sei se essa minha resenha ficará boa sobre o que diria, sim, do grande livro do senhor King, mas não se contenham com essa porca resenha, leiam o livro, aliás melhor coisa para se entender qualquer autor é não se aventurar entre os preconceitos de outros, e sim, ler o próprio autor que se tem interesse, garanto que a experiência é muito melhor que ficar perdendo tempo com resenhas de um desconhecido (que geralmente usa disso para alavancar o seu nominho), claro que há resenhas boas pelo mundo á fora e que até trazem o pensamento de quem a escreve sobre tal coisa atona, revelando até algo que podemos chamar de válido, mas muitas são rabeiras, meros insultos  jogados como crítica como se crítica fosse apenas xingar e não observar os méritos do outro, mas vamos ao que interessa, afinal esse paragrafo é uma completa encheção de lingüiça, vamos ao assunto, o livro que deve ser lido até por aqueles que não apreciam ficção.
      Stephen King é sim um grande autor, quando comecei a ler o livro "Sobre a escrita" me senti arrebatado pelas palavras e não queria solta-lo, infelizmente a vida chama com as responsabilidades que a cada ano aumenta, então acabei o livro em 4 dias e foram 4 dias de uma leitura prazerosa, onde o autor não quer te enganar e nem parecer o sábio da rodada, me senti falando com um amigo, pela sinceridade colocada em cada palavra do livro.
     Em sobre a escrita Stephen King dá dicas para um escritor iniciante, de como ele deve se preparar para escrever e talvez a dica, mais valiosa é a de observar a vida, a própria vida, de ver o mundo que tem ao redor de si, isso me fez lembrar imediatamente de uma frase de Chesterton, onde ele dita que cada cabeça é um universo, e sim, pare um instante para observar as pessoas próximas de você, cada uma é um universo, cada uma tem uma história fascinante, algo louvável a dizer, ou até mesmo algo aterrador e as vezes perdemos muito tempo tentando consertar o mundo, quando a melhor escola da vida está nas pessoas que vivem em nosso mesmo teto e próximas da gente, não que você não possa viajar pelo universo, mas é muito importante escrever sobre o que você conhece, com toda a sua sinceridade e honestidade, afinal como ele diz no livro não vou me lembrar agora exatamente da sentença - Mentirosos podem até prosperar, mas no ramo da escrita o que conta mesmo é a honestidade - isso é belo e é verdade, um escritor tem de ser verdadeiro e não seguir modismos, grupos, mas sim sua percepção, escrever aquilo que sente, percebe do mundo, como percebe, sem se ancorar no politicamente correto que ele crítica em seu livro, sem medo das críticas seja elas como forem, mas o escritor deve escrever com sinceridade, doa a quem doer, diga sempre a verdade.  Essa dica eu carrego no coração e no cérebro e acredito que já a seguia durante todo o tempo que perdi escrevendo e sim considero ela das mais importantes do livro, pois gostamos de cobrar do mundo a sinceridade, mas não somos sinceros, somos puxa sacos.
A muitas dicas no livro e infelizmente para colocar nessa porca resenha eu não vou lembrar de todas, mas tentarei dizer as que mais me chamaram atenção, já disse da honestidade que o escritor tem de ter, e agora, outra dica muito importante e que tem intrinsica relação com o que o filosofo brasileiro Luís Felipe Pondé disse na palestra do lançamento do livro "Podres de Mimados (não me lembro o autor)", que é o afloriar de mais o discurso, enrolar de mais para chegar ao ponto achando que isso te faz mais inteligente, Stephen King também diz a mesma coisa, quando ele diz para evitar advérbios e parágrafos longos, a beleza está na história, não abuse das palavras que dão sono.
Você também deve se preparar para receber mais criticas que costuma aguentar e não se render as mentiras que costumam falar para afloriar a sua criatividade, você não precisa ser um bêbado, um drogado, para escrever bem, um certo dramaturgo brasileiro iria exorta-lo, mas é a realidade, muitas vezes os pretensos artistas sejam das palavras ou do que for, se rendem aos vícios para conseguirem uma mistica de autores e artistas inteligentes, é uma autodestruição inútil e não enriquece o seu trabalho, apenas ilude.

   Sthepen King também diz que a maior ferramento do escritor é a leitura, que você deve ler, e ler de tudo, não apenas o que aprecia, mas de tudo, para aprender sempre e melhorar sempre, agora deixou a dica para os que perderam tempo lendo essa resenha achando que ela era boa, para começarem então a fazer  o que o King indica para os que querem ser escritor, ler. Vão ler o livro dele! E assim perceber que ele não apenas ensina, mas conta a sua experiência de vida, suas memórias para exemplificar praticamente o que ele está falando, por isso o subtitulo - A arte em memórias - remetendo ao ensinamento, mais importante que martelei a resenha inteira, escreva com sinceridade, observe os que estão próximos de você (E se puder ame-os). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário