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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Meus amigos me perdoem

Meus amigos me perdoem
Vinicius Diniz Rosa


Meus amigos aonde estão
Sinto saudade de todos eles
Ali estão os retratos
Malditos me amaldiçoando
Com os sorrisos estáticos
Todos fazendo algo para o mundo
Algo tão grandioso quanto suas almas
Mais ao redor, mais ao redor
Mais ao seu lado
Mais tão próximo de ti
Nenhum sorriso
Apenas a sombra na parede

Travesseiro pesado
Que te lembra dos aplausos vazios
Recebidos pelos cegos da platéia
Como as coisa podem virar mera utilidade
Quero queimar esse palco
Por fogo nas lágrimas que dele me arrancaram
Quero cobrir esse falso sonho
Que impedi a única arte
A arte que é viver 
Matando por nada sonhos alheios
AH palco sujo, inferno, inferno que pulsa na terra

Inicio de guerras, inicio de separações
Inicio de tudo que é ruim
Menos o lúdico que grita ao mundo
Mascarados estamos e não se esqueçam  disso
Mascarados estamos para esconder
Nosso rosto tão sujo e tão podre
Quanto os rosto daqueles que nós assistem
Ora como somos, anjos
Anjos caídos que nem mais canções cantamos
Só sabemos nos debruçar nesse chão imundo
Enlouquecer e enlouquecer
Talvez seja a nossa fraqueza
Talvez a nossa vergonha de amar
Palco maldito palco
Aonde está sua magia  
Escondida em interesses de poder
Onde os donos da opinião
Tem nas mãos os seus sentimentos

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