Procurar pode, achar é outra história...

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Um texto poético




Leia com a música tocando.

 Um texto poético

   Que argumentos podem ter para sanar te do próprio egoísmo, que palavras belas podem trazer ao  mundo para curar te de ti mesmo a doença mental do heroísmo? Que jogos travas para não parecer um velho vilão rancoroso? Que perguntas fazes ao mundo? Será a pergunta certa para a resposta certa?
   Olhemos a terra está noite, ah de se ver só tragédias, mas por quê?! Será nossos olhos tão impetuosos assim de só se ver as tragédias que emanam pelos poros da natureza e de nossa intervenção?! Será que somos tão incapazes de amar um ao outro que temos que viver a desenhar e a pintar como for, com palavras ou com linhas o outro a nossa frente, somos tão egoístas assim? Egoístas ao ponto de amar apenas as nossas idealizações e não o objeto real, e não a pessoa real.
    O que há de errado com o mundo? - G.K. Chesterton escreve e ele mesmo responde - O que há de errado com o mundo? É que não ousamos perguntar o que há de certo com o mundo!
    Que maldição não, que coisa mais engraçada, nossos olhos tão lindos, portas de nossas almas, mas incapacitados de contemplar qualquer tipo de beleza, não paramos um segundo e não por falta de oportunidade, mas por medo de se encontrar, não paramos para perguntar o que há de certo, pois não temos coragem de fazer o certo! É uma "maldição moralista", já dizia grandes filósofos, afinal a moral só serve para nós, quando somos afetados por algo torpe, que nós desagrade, por isso é tão legal desdenhar dessa moral, quando estamos nós batendo no outro e apontando lá, sei lá quantos erros há no mundo! Mas e se o erro estiver em você, falamos a toda hora de mudanças! Mudar, mas e se o acerto estiver em contemplar? Em amar a rocha como a rocha e não como a escultura da rocha, claro que isso pode me colocar como ante tecnologia, mas não, pois a criação é uma dádiva igualmente maravilhosa, e a criação vem sempre de alguma batalha opositora, de valores opostos, travados com a beleza da liberdade, e gerando tanto quanto o ódio, tanto quanto o amor, mas esse risco tem de ser permitido, se não simplesmente paramos. Aqui deixo o paradoxo e a dificuldade bela.
     Mudamos tanto, que nossos amores duram o misero 5 minutos, pois frustramos, achamos que podemos evoluir com a velocidade de nossas maquinas, mas não somos maquinas e nem creio que sejamos gerados na espontaneidade e que evoluímos com o decorrer do tempo, pois aonde está o elo perdido, e se viéssemos realmente dos macacos, para que ainda existem os macacos? Porem mudamos de mais e não paramos para aprender a amar o outro, pois não paramos para aprender nos amar, temos medo de nós mesmos, pois vai que descobrimos quem somos e não gostamos de quem somos! E conviver com você 24 horas se odiando deve ser um martírio, e sim essa é a parte louca do texto.  Que exijo entenda! Mesmo achando impossível. Mas entenda! Resumo com uma misera frase:
      "As pessoas são únicas, diferentes, querem ser diferentes e é uma violência tentar igualar-las"
    E por que somos diferentes, por qual razão toda essa diversidade?
    Para aprendermos... E por que haver de aprender alguma coisa se morremos e acabou, foi-se, poderíamos continuar selvagens se é que um dia fomos selvagens, é apenas uma teoria, uma ficção cientifica, um romance da modernidade, pois sempre houve civilizações e sempre houve magia em toda e qualquer cultura! E aí está o ponto,  não seria essa luta por igualdade abrupta, mas uma de nossas arrogância perante nós mesmos, em negar a perfeição de nossa individualidade, em negar a nós mesmo o aprendizado que é amar o outro como ele é! Mas vamos pela margem da facilidade, e tudo o que amamos é meros reflexos de nós mesmos, por isso matamos todos os dias a arte, a poesia e o outro, pois estamos a detestar o mistério, a dúvida, para nós enchermos de certezas! E aqui está outro paradoxo, pois esse texto também reverbera uma certeza. Bom encerro aqui, sem concluir, fiquem com os pontinhos.............................................................................................................................

Texto de Vinicius Diniz Rosa 

2 comentários:

  1. Não há nada de errado com o mundo... e sim com os seres humanos que o habitam. As pessoas costumam a se esconderem atrás da famosa frase: O que os olhos não vêem o coração não sente. É uma frase bem egoísta por sinal, pois posso muito bem fechar os meus olhos para as coisas que estão à minha volta e simplesmente focar a minha visão no eu próprio umbigo. Esse é um vírus contagioso que se espalha gradativamente pela sociedade, nos tornando cada vez mais individualistas e quando conseguimos enxergar algo além de nós mesmos, fazemos julgamentos infundados apenas nos baseando no estereótipo do indivíduo sem ter o menor interesse de saber o que ele carrega dentro de si, em seu âmago.. Gostei muito do seu texto Vini, pois são poucas as pessoas que dão a sua cara a tapa e expõem suas ideologias sem papas na língua.

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    1. gostei do seu comentário, só tenho duas ressalvas que eu farei aqui:

      - Individualismo não representa egoísmo, aconselho a leitura de Hayek, mises e rand para compreender

      - E o Chesterton diz isso no livro "O que há de errado com o mundo" (aconselho a leitura também), que não há nada, a única coisa errada é com as pessoas, que não param para contemplar e viver.
      obrigado pelo comentário

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