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sábado, 12 de julho de 2014

Macunaíma saravá - O herói sem caráter e a resposta da merda toda que chamamos de país.

Macunaíma saravá - O herói sem caráter e a resposta da merda toda que chamamos de país. 


    Não entrarei no mérito de qualidade artística, vamos ao caráter mensagem, pois todo artista faz algo com uma intenção, no caso do Macunaíma Saravá, que conheço o diretor, posso falar com mais propriedade, mesmo que venha alguns puxa sacos de plantão encher o saco,  negando o que venho a afirmar, mas o artista é o típico cínico e prima por sua capacidade de negar o que ele mesmo faz, só para poder continuar fazendo, mas não podem enganar quem anda nas rodas da arte e nem quem vive debruçados a estudos e mais estudos, que posso afirmar, no brasil é uma maldição.
    O Macunaíma Saravá, baseado na obra de  Mário de Andrade, texto modernista já começa aí o pedantismo, Macunaíma resume e justifica o caráter do brasileiro, o mal caráter do brasileiro, com o engajamento político e social, as famosas desculpas para cometer a preguiça, a luxuria, a vingança (apesar dessa eu assumo, as vezes arranjo desculpas a ela, se for para defender a honra, mas hoje em dia quem tem honra, não se tem nem mais família, quem dirá honra), em fim, o famoso herói sem caráter, colocado como um herói mesmo, símbolo de uma nação, um povo é a sua imaginação, sua cultura, e temos como símbolo, um preguiçoso,  claro que os defensores da obra me dirão, que ele procurava criticar isso quando escreveu tal sandice, mas a crítica é tão potente ao mal caratismo que leva-se a alma dele ao céu. 
      Sem falar nos malditos equívocos sobre propriedade privada, família, e a defesa da inversão de valores, afinal foram se tantas revoluções que deram em merda, que agora restou o relativismo moral e a inversão de valores, o grotesco se torna belo e iludi quem o vê, regado a divertidas piadas, a dança, a luzes e brilhos, temos um festival ao mal juízo, mas ao sairmos na rua, reclamamos das traições, da falta de fidelidade, do ódio, da corrupção e do mal que se alastra pelos poros da cidade, mas podem me dizer é apenas uma fantasia, fantasias formaram civilizações, fantasias que louvam o não louvável forma uma civilização de neuróticos, psicóticos, sem caráter, mentirosos por orgulho e depois olhamos ao país e falamos o que? O famoso eu não entendo, e não escrevo isso por moralismo, apesar de achar que todos somos moralistas quando nós é conveniente, afinal a hipocrisia é bem fácil, para os que tem como símbolo heróis sem caráter elevados ao céu, por isso bandido é tão defendido nessa terra. 
        Coisas que não são difíceis, mudar de forma e jeitos constantemente, nunca tendo integridade, consistência, por conseguinte nunca sendo sincero nem verdadeiro consigo mesmo e com os outros, a capacidade de camuflar não é uma virtude, é uma forma de se esconder do inimigo e não enfrentá-lo como o que é, é ter vergonha da própria face, é não conseguir se tornar um ser humano, homem ou mulher, com H e M, maiúsculos, afinal qualquer retardado transa por aí é a coisa mais fácil do mundo, o problema é ser integro, ter palavra e não levar outra para a jangadinha, isso é difícil, assumir responsabilidades é difícil, mas cobrar ela dos outros, extremamente fácil, nosso "herói" sem caráter faz isso, com o personagem que finge ser filho de uma senhora louca, cobra dele a sinceridade que ele não tem, a responsabilidade que ele não tem, para no final ser elevado ao céu, é muita safadeza reunida, e a resposta para o país não ir para a frente de maneira integra e honesta, olhe seu herói, olhe seu símbolo, olhe sua fantasia.

Texto De Vinicius Diniz Rosa

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