Pelo fim do pós-modernismo

Pelo fim do pós-modernismo
Vinicius Diniz Rosa

Para que desconstruir se podemos construir?
Para que re-ler se podemos ler?
Para que re-avaliar se podemos avaliar?
Para que revolucionar se podemos evolucionar?
Para que re-escrever se podemos escrever?
Para que re-significar  se podemos como detetives
Buscar o real significado das coisas?
Para que essa pedante saga pós moderna
Tentando tirar tudo do nada
Cavando dentro do abismo
O que não se toca nem se sente
Pois nada é nada e sempre será nada
Para que essa arte a deriva
Em um buraco que nem luz nem escuridão tem
Para que essa crise imensa se podemos encontrar a alegria?
Para que re-criar se podemos criar?
Para que re-olhar se podemos olhar e contemplar?
Para que re-ajudar se podemos simplesmente ajudar?
Para que destruir as bases se só de uma base
Se constrói uma firme escadaria aos céus?
Para que regredir se podemos progredir?
Para que reformar se podemos formar?
Para onde estamos levando a humanidade
A banalidade de sentimentos
E a meras crises sem fundamentos
Já se pensaram em olhar-se em um espelho
E ver que ali tem alguém
Preso em sua maldição
Em busca do nada.