Revolucionários de butique

Revolucionários de butique
Vinicius Diniz Rosa

Sentados em tronos vermelhos e amarelos
Entoando belas canções sobre um paraíso na terra
Ludibriando trabalhadores de todo tipo
Defendendo delinqüentes
E matando 50 mil por ano
Aplaudindo vagabundos
E reclamando de educação
Protegidos em suas casas no Leblon
Longe das margens
Pedindo dinheiro público para suas artes
Cheias de boas intenções
Dizendo vamos lhe salvar
Vão a puta que os pariu

 
Eu dou lhes toda a minha miséria
Já que amam tanto a pobreza
São pobres de espírito e de mente
Incapazes de andar pelas próprias pernas
Vivem como parasitas malditos revolucionários
E lutam para se manterem mantido pelo trabalho alheio
Utilizam de todos os luxos do "sistema"
E depois critica o trabalhador que defende o direito de ter a própria casa
Pois isso é se vender ao sistema
Ah, pelo que acharem sagrado vão a puta que os pariu
Retornem ao inferno que é lugar de sua hipocrisia conveniente
Engulam suas utopias ou morram e compre o caixão na minha mão

Dizem aos quatro canto do mundo
Lutamos contra padrões e regras
Mas são os que mais cagam modos de vida
Com essa luta infantil por igualdade
Se sentem donos das virtudes
Mas o Maximo que fazem é ficarem pelados em um palco
Oferecendo putarias a baco e ao diabo que for
Mas que lindo, levam a chancela de artístico
Vão a puta que os pariu
E se bobear ainda lê esse pretenso poema
Com ares de engajado, reclamando dos palavrões
Pois são o que posso chamar de piadas prontas
Meros hipócritas hedonistas
Que louvam o fracasso, por serem incapazes de atingirem a beleza

Escondidos atrás da boa causa
Vivem a jogar videogames e comer uma boa comida
Enquanto criticam o sistema e deixam 50 mil morrerem
E outros tantos passarem fome
Mas não vamos seguir com esse comunismo torpe
Pois deturparam o dito cujo
O escritor mais tosco do mundo
Vão a puta que os pariu
E os militares devia ter sido como Pol Pot
Ditador comuna
E eliminado metade da corja...