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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Minha Ortodoxia e a minha trapaça na peça do nada

Chesterton
Minha Ortodoxia e a minha trapaça na peça do nada
Vinicius Diniz Rosa


Você derramou lágrimas por quem não choraria por ti
Você se jogou no fundo do poço, entrou dentro da escuridão
Você estendeu a mão, se deu com tudo
Abandonou seu mundo, deixou suas dores, para expressar o abstrato
E quando se deu conta, quase levaram sua alma
Você falava em sincronia, ditavam a beleza daquilo
Mas era grotesco, era vazio, era a morte
Estava quase virando a máquina "perfeita"
Mas aí caio em minhas mãos Ortodoxia de Chesterton
E eu lembrei da magia, e da beleza da "imperfeição"
Minha alma foi depositada no lugar que nunca devia sair
E eu me senti humano novamente, longe dessa robotização grotesca
Onde todos dizem a mesma coisa e ninguém diz nada
Preparados para culpar outrem ou o vento
Pelos seus próprios fracassos
Me senti envergonhado e pode sentir a mão do diabo
E naquele abismo, e naquele vazio, naquele nada
Eu percebi que de fato, eu não senti nada
Mas como sempre fui ortodoxo mesmo sem saber
Eu resisti e no fim das contas naquele vazio, naquela nada
Naquela idiotização com nome artístico
Eu depositei o meu eu e fiz o meu personagem
O fiz da maneira mais humana possível
E não cai na abstração e hoje dou graças a Deus
Pois se "as dores do mundo são intimas"
Esse mundo é maravilhoso e não precisa de mudanças
Esse mundo é  contemplativo e como Chesterton dizia:
"O mundo não padecerá da falta de maravilhas,
E sim o humano da falta de capacidade para se maravilhar"

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