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domingo, 2 de março de 2014

Para a geração do nada

Para a geração do nada 
Vinicius Diniz Rosa

Correntes malditas, tempo perdido
Olhos fixados no passado que não volta
Mas traz lembranças amargas e ao mesmo tempo tão doces
O que fazer? Uma tortura sem chibatadas nas costas

Nosso pior inimigo é nossa mente
Nossa imaginação tem o poder de construir e destruir
Somos anjos que preferimos cortar as asas
Para podermos reclamar da falta de liberdade
Pois temos prazer em sentir dor
Não sabemos mais o que é valor

Somos a geração do nada
Somos o universo em completo desatino
Choramos e pedimos socorro para um buraco negro
E esquecemos que dentro de nós mora uma alma
Que tem um poder imenso de nós fazer crescer e transcender
Pois preferimos determinar tudo
E tudo o que não se encaixa em nossas vãs explicações
Jogamos ao lixo, ao em vez de olhar com espanto
Aquela nova descoberta, e sorrir

Temos que nós acorrentar
Ligar pontos, se prender em prontas explicações
Pois não mais temos a magia
Somos a geração do nada
Que cultua falsos e genocidas heróis
Porém me dê essa tesoura dourada
Vou jogar ao universo
E essas asas não mais vou cortar
Incomode quem incomodar
Quero poder voar para alcançar Deus e seu reino
Chega de comprar suas ilusões
Reviva agora a magia que em vã matamos
Que esse reino de imaginação
Seja reaberto, oh dragões que voem

Quero ver aqui, as velhas bruxas
Em suas encantadas florestas cheias de mistério
Quero ver aqui, os duendes dançando
Pulando um a um, sobre sua cabeça perturbada
Quero ver aqui, se dê uma chance
pinte um quadro, escreva uma canção
Conte uma história
Não precisa me ensinar
Não precisa fazer da arte uma ciência exata
Deixe isso para outras áreas
Aqui quero ver a magia saltar

São reinos encantados mortos
Que pretendo reviver
Com essa dita loucura
São os velhos milagres
Posso dizer que esse cálice eu quero tomar!

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