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terça-feira, 18 de março de 2014

Céu

Céu
Vinicius Diniz Rosa 

O céu azul logo foi transformado
O céu azul logo perdeu o encanto
Não ficou anil, não ficou marinho
Não ficou negro, não ficou cinza
O céu azul, alaranjou-se
O céu azul, avermelhou-se
Como sangue ficou
Tempestade de meteoros
Caindo por cima das casas
E queimando um a um
Pessoas rezando outros rindo

Não importava mais
Era a morte em seu explendor
Cavalgando nas nuvens de fogo
Destruindo sonhos e pesadelos
Atraídas por vossos ideais
Cheios de boas intenções
Almas boas e ruins caíram
E tudo em fim acabou
Nada mais possuía valor algum
Sem um sorriso ou lágrima que for
Transcenderam bem e mal
Toda e qualquer liberdade e moralidade
O futuro chegou com a rajada de luz
Não existia mais sombras para combater
E também não existia mais pessoas para ver o show
Tudo caiu, e a miséria se deu consumada
Nos pátios de vida que agora pousam os corvos
Que comem as carniças
E os únicos sobreviventes abraçaram o desespero
E mataram-se, longe dos olhos da morte
Por plena vergonha de seus atos
Que findaram a liberdade e a vida
E o céu de sangue ficou consumado
Sem vida humana alguma para poder olhar-lo

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