Procurar pode, achar é outra história...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Para qual mestre do passado, você deu as tesouras para tirar suas asas?

Para qual mestre do passado, você deu as tesouras para tirar suas asas?

"Ver gente inteligente emburrecendo me desespera"
"Ter uma base, não é morrer para a vida"

    Para mim uma das maiores causas da estagnação humanas, e, também, de seus erros é endeusificação de alguns seres humanos, que muita das vezes não fizeram nada de grandioso, apenas escreveram ou mentiras ou métodos que fecham problemas que não são simples e nem fecháveis, gerando assim círculos viciosos de fracasso acima de fracasso, pois quem tem coragem de falar mal de deus na terra é por esse motivo que a arte morre, não pelo entretenimento, que para mim é só mais uma vertente, que deve sim existir para manter uma diversidade, se não o mundo virá uma completa chatice, só de críticas e críticas e nenhum sorriso, mas por falta de liberdade "criadora", pois está arte tornou-se objeto de ideologia e não do que a pessoa realmente sente e acredita como certo, virando apenas copias do que o velho mestre escreveu e nada mais, e ainda acham que fazem muito...

  Confundem ter um mestre, com ser o mestre, quando na verdade o aluno deve aprender, sugar tudo de sua base, para transcender o mestre e torne-se mestre e assim suscetivamente, para que o mundo não pare, para que as coisas não se estagne, quando dou aula, quero que meus alunos comecem a descobrir e ter o espanto da descoberta que as crianças tinha eternamente, e não que me endeusifique na terra e que faça de minhas palavras seus últimos gritos de socorro, afinal a realidade de cada um é uma, as experiências são outras, não somo iguais em nada, ah não ser por pequenas "semelhanças" biológicas, mas de resto, somos todos diferentes, com anseios, desejos, sonhos e pesadelos próprios e é uma violência tentarmos nós fechar, nós igualar, isso é colocarmos em nós mesmos algemas, acredito eu que esses velhos "deuses, mitos, mestres" do passado se reviram em suas covas ao verem que eles geraram gerações de neuróticos, psicóticos, que não mais criam, vivem de seus aforismos e trejeitos... O presente que se segure, ele seguirá em merda, o futuro, esse continuará sendo o caixão.

   Em resumo, a culpa é do câncer da terra, Ideologia, da intensa politização de tudo, dessa eterna desculpa de lutas de classes, fazendo com que a vida seja uma guerra e não algo apreciável e nem simplesmente sentido, vívido, pois colocamos sempre acima de nós seres humanos tão podres quanto nós mesmos e o vil metal, chamado dinheiro, mas mal sabe que o dinheiro é apenas uma consequência de seu mérito e não fonte de felicidade, pois felicidade é um estado de espirito e não monetário, e por favor, não ache que com isso eu esteja defendendo o comunismo ou o socialismo, pois isso é completa ignorância dos teóricos do outro lado...

   É justamente por isso, mas não só por isso, que a ideologia, a revolução torna-se o ópio do intelectual, pois é sua mascará, suas facilidades para ser aceito no grande grupo, perdendo sua alma, suas vontades, seus desejos, para a simplificação ideológica, por isso só temos revolta e caos, por isso a arte chegou ao ponto de nada passar, e por isso caímos na falácia de que devemos ensinar o novo, mas como se ensina algo que não foi criado ainda? Não se ensina o que ainda não existe, isso vem da criação, mas essa criação já morreu a muito tempo e nós somos frutos dos grandes mestres, frutos podres incapazes de criar uma só semente, pois temos medo de imacular as imagens sagradas, da política, do teatro, da vida e da arte em modo geral... Ora, não me surpreende o povo não gostar de arte, não me surpreende o povo se dividir cada vez mais e se odiarem, é apenas o que plantamos, é apenas o que colhemos e sinceramente, isso não irá mudar! Tão cedo...

Texto de Vinicius Diniz Rosa

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