Procurar pode, achar é outra história...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Eu e a morte da arte

 Eu e a morte da arte

   “No fim, as dores do  mundo são íntimas” – esqueci o autor dessa frase, mas ela serve muito bem para ilustrar.

  Eu não vou responder qual é o sentido da vida, pois isso ninguém sabe, nunca saberá e se dizer que sabe, se iguala á um ditador, pois cada um atribui o que acha mais plausível de acordo com sua realidade!
   Começo assim, para dizer, que estou cansando de pretensões, de dizer que cada um faz isso por x ou y motivo, pois e se não for o x ou o y, e se não for nada daquilo que pensas decepções nascem daí. 
   Eu sei os motivos pela qual eu faço as coisas que eu faço, mas eu não posso e nem tenho como saber os seus motivos, pois você tem uma bagagem de vida, uma história, diferente da minha, logo alguns conceitos podem não bater, isso vem graças a liberdade, que a cada dia que passa se limita mais e mais, por causa de infantilidades, pretensões e falta de humildade.
   Faço esse texto, pois muito, ao menos eu vejo, que muito se discuti o porquê de se fazer a arte, e do porquê de irem ver tal coisa, duas perguntas sem uma resposta universal! Cada um é um e cada um busca um coisa, um objetivo diferente, quer passar uma coisa diferente, é balela esse negócio de bem comum ser o que dá a liberdade, justamente por causa disso, pois em algo livre de fato, egoísmo e divergências serão inevitáveis! Justamente, por fazerem parte de uma escolha! Prova disso, é que você é um ser livre e tem todo o direito de descordar de tudo que escrevo aqui!
    Agora, por que dizem tanto que a arte está morrendo, e no discurso, me culpam o comercio, a propaganda, em fim, mas nunca culpam a si mesmos, pois o que mata a arte é a falta de liberdade! O que mata a arte é criar formas de como a fazê-la, o que mata a arte é a censura! Não que não podemos ter algumas definições, um norte,  e qual deve ser os únicos nortes para nortear a arte, em meu ponto de vista, o seguinte:
   - Saber o seu motivo, a razão pela qual você está pintando tal tela, fazendo tal peça, compondo tal música, saber qual é o seu sentido para a arte! A razão de tal estética, de tal forma, de tal conceito, de qual ideologia, seja ela de direita ou esquerda, a arte não deve ter ideologia, a arte deve aceitar todas as ideologias, todos os tipos de expressões, todas as formas, pois se a arte deixa de aceitar, ela perde a liberdade e quando ela perde a liberdade, ela morre, e o maior culpado da morte da arte, não é o sistema, não é o que vai assistir e consumir o voltado só ao entretenimento, só ao comercio, são os próprias artistas, seres cheios de pretensões e nada humildes!
    Prova disso é hoje ver, artistas consagrados, como Chico Buarque, Caetano, serem contra biografias não autorizadas, pois quando você escolhe ser artista, você tem que está ciente que você se tornou um ser público, um ser que vão querer estudar, vão querer conhecer e quem nada deve nada teme, é triste ver tais artistas serem a favor de tais censuras!  É triste ver artistas querendo impor o seu modo de vida! Pois o que a arte norteia é a liberdade  e único preço que ela cobra para considerar o que você faz como arte, é atribuir um sentido para tal coisa, é saber os motivos de qual você faz aquilo!
     Termino esse texto dizendo:
     - Eu não sei os motivos pela qual você visita meu blog, eu não sei o motivo pela qual você vai ao museu, ao cinema, ao teatro, eu sei o motivo pela qual eu vou, eu sei o motivo pela qual eu faço! O resto você é livre para interpretar, questionar, concordar ou descordar, e se me perguntar algo como "Você quer que o seu pensamento se torne hegemônico, eu respondo com todas as letras, NÃO! Eu quero que meus pensamentos,  sirvam de reflexão, de questionamento, e que você os lendo, vendo meus desenhos, minhas peças, o que eu fizer de arte, de filosofia ou qualquer gênero, analise com base na sua vida, na sua realidade, pense, pondere, e diga “é plausível”, ou, “não, não é plausível”, pois quem sou eu para saber o que você precisa, quem são os artistas, os outros, para saber o que você precisa! Meu trabalho é mera reflexão de minha realidade, de minhas experiências, só você pode dizer se serve ou não para você, você é livre! E ser livre da vida a arte, pois, uso como exemplo eu mesmo, eu posso ir em uma peça onde odeie e descorde de tudo o que foi dito ali, eu posso ver um quadro e odiá-lo, escutar uma música e detestar, mas acima disso eu quero ver a verdade nos olhos de quem faz, eu quero ver que a pessoa que faz tal coisa realmente acredita naquilo, por mais torpe que seja para mim, assim eu vou dizer, você faz ARTE! 

  Texto de Vinicius Diniz Rosa

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