Seu peso, sua consciência

Seu peso, sua consciência
Vinicius Diniz Rosa

Todos tem sua cruz para carregar
Sua história triste para aguentar
Suas torturas individuais para castigar
E suas “obrigações” sociais para obrigar
Um sorriso falso e acolhedor

Todos tem sua cruz para carregar
Todos tem seu próprio peso na consciência
Todos tem sua carga de insanidade
Todos no fundo só esperam um brecha
Para explodir e gritar todo seu rancor

Todos tem sua cruz para carregar
Todos tem seu passado a condenar
Todos tem um futuro incerto
E ao mesmo tempo tão certo
Todos tem algum tipo de medo
Todos  tem alguma mágoa que correi
Em silêncio a própria alma

Todos tem sua cruz para carregar
Todos tem segredos há esconder
Todos tem falhas irreversíveis
Todos tem algum tipo de vontade
Todos tem um sonho egoísta
Todos são imperfeitos

Que incoerentemente
Criam maravilhosas fábulas
Lendas, histórias e contos
Criam verdadeiros mundos
Perfeitos, ou dito perfeitos
Mas que não conseguem viver
Uma só virgula de tudo aquilo
Por vergonha, por medo
Ou por mero amor
Ou por mero amor

Todos tem sua cruz para carregar
Todos são possessivos por natureza
Todos sentem ciúme de algo ou alguém
Todos  pecam de alguma maneira
Todos tem o teto de vidro
Todos tem pretensões imensas
Todos são ditadores em potencial

Todos são tão distantes
Mesmo se dizendo tão próximos

Todos tem sua cruz para carregar
E todos querem se apoiar
E seguir sentados, confortavelmente
Na cruz de outros
E incoerentemente me pregam
O velho discurso contra todo o conforto...