Procurar pode, achar é outra história...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Fatia de nada, para nada...



Fatia de nada, para nada...
Vinicius Diniz Rosa


Às vezes a gente escreve para limpar a alma
Escreve um monte de sujeira, de desesperos
Para muitos lerem no futuro, ou, quem sabe
 Sonhando alto, muito alto, no presente
E acharem de alguma forma
Lampejos de beleza e genialidade
Porém, no fundo, na alma humana e suja do escritor
Não passa de angústias que nem ele mesmo que escreve
Consegue compreender, por isso escreve
 E quando relê se tortura com as próprias palavras
Que mesmo, que para alguns não tenham força
Para o que realmente sabe os significados
É um tapa voraz, que muitos escrevem e jogam ao mundo
Ou no fundo de caixas e baús para nunca mais ver
E assim segue o curso da história, cheios de boas sementes
Plantadas no solo sagrada da alma de cada um
Que por alguma razão estranha se deixa levar e consumir
Pelos dramas e dores de algum “Gênio” por aí
Se é que exista tais gênios, pois para mim
Não passam de corpos putrefatos
Que causaram grande remorso e culpa
Na alma de quem os lera
Pois a boa alma escritora, não se contém
Em apenas se culpar e se julgar
Mas faz de tudo, com uma tirania voraz
Para expor todos a própria merda
Pois seu egoísmo enrustido
O manda salva-los de suas “puras” vidas
Assim tira, talvez, o próprio fardo
Chamado Fracasso, de suas costas
E se consagra como um bom narcisista
E ai de quem levantar um dedo
Para tal símbolo de liberdade...
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário