Procurar pode, achar é outra história...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A história de um ratinho especial

A história de um ratinho especial
Vinicius Diniz Rosa



Eu tenho tantas histórias para contar
E hoje eu escolhi a de um ratinho especial
Um ratinho que não tinha tantos amigos
E vivia em uma família disfuncional
E que sempre por alguma razão desconhecida
Talvez um problema psicológico
Talvez mania de perseguido
Acreditava sempre que estava sendo odiado
Que estava sento traído e mal falado
Talvez ele estivesse certo
Pois as pessoas simplesmente sumiam de sua vida
Sem uma explicação plausível
Simplesmente viravam as costas
E quando resolviam aparecer, era pedindo alguma coisa
Esse ratinho estava descrente dos outros ratinhos
Mas algo aconteceu, algo bom, ou que pensou ser bom
Ele conheceu vários outros ratinhos, mas se encantou com um
Que quis até chamar de pai, mas teve que chamar de irmão
Ele se ludibriou, ele ganhou um novo brilho nos olhos
E queria seguir seu exemplo, mas o ratinho de tanto encanto
Não soube se portar, e sempre fazia coisas que nenhum amigo faria
Pintava e bordava, escrevia poemas e nem sequer debatia
Apenas queria ver o sorriso de seu “Irmão”
E isso claro fazia as coisas parecer estranhas
Mas ele nunca ficou certo de que tinha de fato encontrado
Um amigo para a vida toda, pois sempre, sempre
Todos os outros ratinhos sumiam, e ele sempre acabava sozinho
Em sua toca, vendo as paredes do quarto
E mesmo que saísse com velhos ou novos amigos
Nada parecia certo ou agradar
O ratinho já tinha endoidado e ele talvez nunca aprenda
Que sim ele tinha conseguido um irmão e vários outros
Que sim ele tinha encontrado alguém
Para mandar seus boas noite e bons pesadelos
Com a maior sinceridade do mundo
Mas ele não conseguia ter certeza
Pois já tinha levado tanto na cara
De pais, de parentes, de amigos
Que não se sentia tão seguro de si, e que se escondia
Sim, em sua toca para criar seus outros mundos,
Onde todos os ratinhos lhe parecessem perfeitos
Mas isso é uma coisa muito deprimente para um ratinho aguentar
E todos os dias ele olhava seu pequeno estilete e pensava em findar
Mas nem para isso o ratinho tinha coragem, e seguia de certa forma
Sorrindo,  agindo feito um palhaço
Sorrindo feito um bobo da corte, e cheio de um humor
Tão estranho quanto psicótico
Mas ele queria provar para si mesmo e para os outros ratinhos
Que era capaz de coisas maravilhosas
E que mesmo incerto, iria amar com todas as forças
Esse seu novo e grandioso irmão...



Nenhum comentário:

Postar um comentário