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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O herói!

História de Vinicius Diniz Rosa© -   O herói!

     A população de uma pequena cidade do mundo, estava agitada e feliz, pois finalmente a polícia tinha pego o serial killer que dizimava um a um, que ali morava.
     Todos da cidade vieram ao pequeno tribunal, que ficava em um pequeno prédio de arquitetura clássica, porém bem modesto, para (além de acompanhar o julgamento e saber seus motivos) lhe atirar pedras e apontar os dedos, porém para a frustração de todos o bandido foi muito bem escoltado e não esboçava um arrependimento.
     No salão de julgamento o homem se sentou a frente daquele juiz, olhou cinicamente e sorriu, o juiz então perguntou:
      - Por quê o senhor matava? O que te levou a isso?
      - Não tem motivo vossa excelência e, por acaso, tem que ter?
      O juiz se espantou com a resposta e a frieza, o homem continuo:
      - Mas já que está tão espantado, nitidamente espantado, bom eu posso arrumar um motivo - riu com sarcasmo - Quer um motivo?
      - Claro que sim! - gritou uma mulher ao fundo, mãe de uma adolescente que foi morta por ele - Por quê matou minha filha?!
      - Eu nem sei quem é sua filha. Deve ter sido por falta de sorte dela! Afinal, digo com clareza, se é para ter um motivo, o simples prazer e diversão! HAHAHAHAHAHA! Ah! Como é bom ter nas mãos uma vida, um ser implorando, "por favor não me mate!", "Pare está me machucando" e ver aquele sangue escorrendo e sujando meu corpo, minhas mãos e depois, ah, sentindo o gosto do líquido viscoso! Não há no mundo, sensação melhor, dá força! Poder! E diverti muito!
      A mãe da menina tentou avançar no pescoço do assassino de sua filha, mas foi impedida pela polícia!
      - O que vão fazer com esse monstro! Ele merece á morte!
      O juiz olhou a situação, levantou, arrancou suas roupas de juiz, ficou completamente nu, olhou para o povo espantado naquela sala e disse:
      - Estou impune! Não posso julga-lo, não posso manda-lo para a prisão perpetua, não posso mandar, como os americanos mandam, ele para o corredor da morte! A única coisa que posso fazer é me despir de tudo que aprendi, pois se o der pena máxima, ele com certeza inventará de estudar na cadeia e terá sua pena reduzida, além de receber comida de graça... Estou sem saídas, completamente envergonhado!
      O assassino riu e disse:
      - Não se envergonhe juiz, viva a vida, aproveite a festa! Mate comigo!
      A mulher conseguiu se desprender dos policiais, e avançou no pescoço do assassino gritando:
      - Pare de ser cínico! Para! Devolve minha filha!
      O assassino ria, e os polícias vinham de cabeças abaixadas, retirar a mulher do recinto!
       - Meu bom juiz - continuou o assassino, retomando o ar - Escute bem, se vista, eu matei sim matei, foi divertido, mas pense, uma pessoa como eu, foi oprimida a vida toda, tem problemas de cabeça, não faz por mal, faz por cansaço, hahahaahahaha, faz por desespero, por querer ver a salvação, hahahaahahahaha! Ah juiz eu preciso ser ressocializado, por favor! Tenha piedade de mim, não me traumatize, eu não sou ruim, sou mal compreendido! HAHAHAHAHA!
       O Juiz pegou suas coisas, virou as costas, cuspiu na constituição, olhou para a cruz, e saiu, deixando aquele homem rindo cinicamente. Venho os direitos humanos, passaram pela mãe da adolescente, vieram os jornalistas, cortaram se o cinismo e colocaram só a última fala do assassino, e passaram pela a mãe da adolescente, nós debates das escolas, apontaram o assassino como a vítima, o assassino saiu nas capas das revistas e dançava com sua fama, enquanto a mãe da adolescente sofria...
       Os jornalistas cantavam com o assassino:
        "Senhoras e senhores
         A festa está dada
         O dado rolou
         Depois de anos de opressão
         Tudo se resolve pela lágrima cínica
         Aplaudam-me, pois eu sou a vítima perfeita"
        E passava-se os dias, a mãe levava flores para sua filha adolescente no cemitério, outros roubos e assassinatos ocorriam, e vinham a cambada dos direitos humanos e dos jornalistas exaltando a culpa do "sistema" e acolhendo o bandido, a população sabida, levantou as mesmas bandeiras, pois estavam desesperadas, e começaram a achar mais e mais desculpas aos fracassos e as atrocidades, o assassino virou guru, e a segurança foi se limitando!
        Policiais e juízes honestos, desapareceram da pequena cidade, e o caos se instaurou, era morte e orgia a cada esquina, até as crianças portavam suas armas e brandiam orgulhosas de mais um assalto, uma estátua fora erguida para o assassino "iluminado", e enquanto isso só flores e lágrimas ficavam as vítimas, que perderam seus lares, seus materiais  e seus entes queridos, mas fazer o que, eram oprimidos e fracos, precisavam eram de ser ressocializado.
       O assassino, voltou ao pequeno prédio, olhou para a cruz que o juiz despido olhará naquele dia de vergonha, e riu, dizendo:
       - Meus amigos e companheiros, vamos todos ficar tranquilos! Pois, hoje e sempre, existirá uma desculpa, sendo problemas psicológicos ou sociais, para justificar sua maldade! E todo tipo de punição, será repressão e causar trauma! Bem vindo a sociedade sem leis! O jogo está dado, aqui venceu a hipocrisia, o populismo e a demagogia!
       O assassino se virou, holofotes estavam lhe iluminando, ele pega uma marionete, e diz para ela:
       - Presidente, assine aqui, e aqui! Tal cadeia precisa de melhores condições de tratamento, pois somos humanos também!
        Os papéis eram assinados, e os recursos passados:
       - Presidente, nós de uma mão, temos filhos para criar, por favor nós ajude, pois sempre nós acusaram!
       Passa-se tempos um presidiário é entrevistado, por um programa famoso na pequena cidade:
       - Você gostaria de sair da prisão?
       - Não, aqui eu tenho comida e roupa lavada, estou ótimo! A tarde tomo banho de sol, e a noite leio algumas coisinhas, depois vejo a TV, e se bobear acesso a internet pelo meu celular de última geração!
       E enquanto isso, as flores eram colocadas nas covas por mãe e mães de adolescentes e outras vítimas! E o direitos humanos não apareciam na porta, nem sequer um jornalista! E quando apareciam cinco minutos só para mostrar uma lágrima inútil!
        E a dança do assassino e sua canção, prevaleceu vencedora, pois outra canção é reacionária.

 Fim

História de Vinicius Diniz Rosa© - O herói!

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