Vinicius Diniz Rosa
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Era uma vez uma criança estranha
Que só sabia falar de morte e tragédia
Ela tinha um sonho igualmente estranho
Ela queria se tornar um agente funerário
Pois sua simples inocência dizia
Que produzir caixões e vende-los
Era dar aos entes queridos de alguém
Uma bela despedida com amor
Que não fosse apenas jogar na vala e acabou
Porém o tempo passou
A criança conseguiu, realizou-se
Hoje ela é um belo agente funerário
Mas completamente infeliz
Pois está cansado de ver
Lágrimas falsas, manchando seus caixões
Feitos para serem uma bela homenagem
E não uma forma de se aparecerem
Os bons e humildes da rodada
O agente funerário só queria
Ver nos olhos de seus clientes
Um sentimento que fosse de verdade
Mas só pareciam esbanjadores
Tão falsos, tão vazios quanto o cadáver
Que estava sendo arrumado
Para sua última festa imaculada
Por aqueles que se diziam bons
O agente funerário só queria
Que seus caixões fossem uma forma
Uma bela forma de homenagear
Aqueles que diziam amar
E não só mais uma obrigação
Mas ele percebeu, que de alguma forma
Esse seu sonho, era impossível
Mas nunca deixou de fazer seus caixões
Os mais belos da cidade
Com todo o amor que lhe cabia
Mesmo recebendo críticas
E sendo xingado
Insultado, visto como aproveitador...
Obrigado por ter gostado! E visitarei seu blog. Volte sempre.
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