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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O suicidá



Aconselho a leitura com a música do vídeo passando, boa leitura...
O suicidá 
Vinicius Diniz Rosa

Em queda, em declínio, em queda
Caindo sem poder respirar
Com as mãos na garganta
Pedindo socorro, mas sem poder gritar
Pedindo socorro, mas não podendo evitar
Pois estava o suicidá a lutar
Com o pior dos homens da terra
Que pode-se ter como inimigo
Estava ele, contra si mesmo
Em um debate interno
Olhando os espelhos
Escutando risadas
Se debatendo, se debatendo
Suplicando que por sua porta
Entrasse algum amigo
Entrasse algum anjo ou demônio que sejas
Só para poder lhe impedir 
De se destruir, ele gritava, mas ecoava por dentro
Ele via o desespero, e não tinha nem o aconchego
Da senhora amada Morte! 
Estava sozinho, estava em queda
Sem poder mais se segurar
Apenas via seus sonhos se deceparem
Apenas via seus sonhos sumirem
E nada conseguia fazer para impedir
Pois não tinha mais nenhuma força
Pois estava completamente fraco
Em um desespero profundo
Pedindo a Deus, que salvasse sua alma
Mas só via o Diabo na espreita rindo de sua sina
Ele tentava mais e mais gritar
Mais o som, não saia, não saia
Pois a corda já estava tencionando o bastante
Seus olhos já estavam lacrimejando
E seu ar já esvaia, e com um último sinal de suplica
Viu se agarrado pelo Diabo
E levado ao inferno
A vida estava dura para ele
E o perdão que queria não conseguiu
Apenas o julgamento
Assim se vai, mais uma vida, tão banal
Quanto a minha... Ou a de qualquer um...

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