Procurar pode, achar é outra história...

domingo, 18 de agosto de 2013

Endoide, por um segundo

Endoide, por um segundo 
Vinicius Diniz Rosa

Erga suas mãos, balance a cabeça
De o seu maior grito
E salte como nunca salto
Dance, dance, dance
Deixe o corpo falar
Deixe a mente se mostrar
Endoide em ao menos
Um segundo de sua vida
Extravase esse seu ódio
Quebre um espelho
Xingue quem quer xingar
Se bata um pouco
De a cara a tapa
Jogue essa mascará no chão
Arranque-a, mesmo que pareça
Que esteja arrancando sua pele
E pise nela, e pise nela
Não quero conhecer um fantasma
Quero ver, o que é que tens
Se mostre, assuma seus erros
Assuma seus pecados
Assuma suas faltas de virtudes
E grite o seu lado humano
Assuma as consequências
E respire o ar que deixou de respirar
E respire o ar que deixou de respirar
Cuspa no prato que come
Se essa for sua vontade
Endoide em ao menos um segundo
Não leve dores e vontades
Para a cova, defenda seus pontos
Mesmo que o preço seja sua vida
Mesmo que os ditos amigos
Comecem a sumir
Arranque essa mascará
O inferno já tem seu quarto
Só pela a hipocrisia
Que tenta esconder
O inferno já tem seu lugar
Intacto cheio de chamas
Guardado e reservado
Então dance sua música
Mesmo que seja erradao
Mesmo que seja retardada
Mesmo que seja egoísta
Mesmo que seja nobre
Faça, pois vai bater as botas
E quem sabe, não agora!
Grite, pule, dance
Mexa-se e respire
Enquanto ainda podem
Te chamar de vivo
Pois a única forma
De não sentir
É bater as botas
Cair no caixão
E ser enterrado!
Então, endoide
Em ao menos um segundo
Grite suas dores, grite seus medos
E viva enquanto tem chance
Pois o tempo e a morte
Não fazem o papel da compaixão
E passa e vem, como uma flecha
Carregada de castigo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário