Procurar pode, achar é outra história...

segunda-feira, 22 de julho de 2013

ESPIRAIS

Seus olhos brilharam, como se o sol estivesse ali dentro, logo em seguida, a luz cessou, e todo o brilho desapareceu, sua alma foi naquele caminho, sem mais dúvidas, se findou, e a morte se deu, a imagem era linda, enquanto sentia-se seu corpo esfriar, um belo caixão decidi depositar aquele pote vazio, e ao ver ali, ao baixar a tampa, e descer o caixão na cova girando um tipo de manivela, uma lágrima caiu, e um sorriso se pedrificou em meu rosto, meus pés sapatiaram sozinhos, sobre a terra batida, e enquanto o mundo girava, eu dançava, vendo ao meu lado, mais olhos se ofuscarem e cessarem, pois a dúvida acabou.

Quando vi a porta aberta, aquela luz acesa, e todos em espiral, indo até ela, me dei conta, que fomos todos para a luz, e morremos.

Findou, findou, findou, findou, findou, mas espere, findou, por quê? Caminhos naturais? Corte? Só sei que findou, pelas mãos do tempo, pelo o rodar da terra, só sei que findou, e a pergunta não mais vale, pois, simplesmente findou, aos sons dos risos, e ao girar da roda, findou, caiu, acabou, se deu, já foi, passou, não volta mais, fica na memória dos vivos, que com ignorância destrinchará a verdade e transformará em qualquer conto ou ficção, em, talvez, quem sabe, numa bela mentira, porém, no momento, só sei que pelas mãos do tempo, findou-se, como finda tudo.

Fragmentos de pensamentos de Vinicius Diniz Rosa

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