Procurar pode, achar é outra história...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Vampiro


Vampiro
Vinicius Diniz Rosa

Todos dizem que a vida está em mim
Mas sou um vampiro que nada pode sentir
Estou impregnado pelo manto da morte
E obsecado pelas as próprias derrotas
Vedado do prazer
Apenas com sede para se manter
Dizem que vampiros são seres “românticos”
Bem, se essa classificação
For pela definição do “Ultra-romântico”
Cheia de melancolia e morte
Sim, eu sou
Mas se for pelo que consegue viver o “amor”
Não se iludam...
Sou um defunto abulante
Um homem vendido ao Diabo
Que nada sente, nada almeja
Além de continuar perseguido
Pelo passado, pela memória
Como castigo, por ser eterno
Eu não venci a morte
Pois nada sinto
Eu não venci a morte
Pois ainda tenho fraquezas
Não sou humano, sou um demônio
Um príncipe da escuridão
Obsecado pelo passado
E tudo que tinha, é impossível não ser clássico
Em mim não desperta o novo
Não sinto a velhice chegar
Não sinto nenhum prazer
E ainda tenho o castigo de pensar
Mas isso só me mantém obsecado
Por tudo que perdi
O que conquisto hoje
Representa apenas velhos sonhos
Sou o ser, da completa obsessão
Sou apenas um vampiro...

Tributo ao mestre Bram Stoker e ao grande Béla Lugosi, o eterno Conde Dracula...

Nenhum comentário:

Postar um comentário