Procurar pode, achar é outra história...

sábado, 6 de outubro de 2012

Reflexão – Dedo na cara

Desculpe leitores, incomoda-los com esse assunto de novo... Porém, vamos lá...

Reflexão – Dedo na cara

Não encontrei título melhor...

Se o Brasil, tivesse uma boa educação, não seria necessária a tentativa de censura de qualquer conteúdo, agora a questão é:
- Em um país "mestiço" como o brasil, em um país de várias culturas, de várias religiões, vários cultos, várias festas, vários pensamentos, uma mistura, como o Brasil, qual seria a "boa" educação, e como não existirá preconceitos nessa terra?
Considero uma questão complicada, pois o Brasil ainda é um país que busca uma identidade, e por, talvez, azar, essa busca se mistura com a globalização, e com a agilidade do mundo moderno.
E pelas mudanças cada vez mais rápida, sem o devido acompanhamento da educação, as informações são fragmentadas, o “A” ganha significado de “É”, pois é uma coisa obvia.
Não existe nesse país progresso, pois de que adianta ferramentas, material, se não sei usa-los? Serve para nada!
Brasileiro é um povo que não se conhece, brasileiro é um povo “Julgador”, adora apontar o dedo, se é moralista vai acusar de preconceito os não-moralistas, se não é moralistas vai chamar de preconceituoso o moralista, e qual, de verdade, está correto?
A história, de ambos os lados, são escritas por pessoas, que por sua vez, vai defender o que acredita, não existe no mundo, pessoas que escrevem fatos! Não existe... O que há no mundo, principalmente no Brasil, são fatos reescritos 100 vezes, gerando diversos pontos de vistas sobre o mesmo assunto, e qual, vai ser o certo?
A informação, assim como o Brasil, vem de várias culturas diferentes, cada uma com sua maldade, bondade e senso de justiça, agora como definir o “1”?
Estou falando de relações humanas, não matemáticas, não cientificas, pois se eu quiser eu escrevo que “Deus não é amor, pois ele crucificou o próprio filho”, e você pode me achar satânico se for religioso, olhe só, você pode me achar ateu, você pode me achar amoral, você pode me achar cético, você pode me achar pagão, ou, quem sabe inteligente, e qual está certo sobre a frase que eu deixei em aspas, qual?
São questões complicadas, pois não temos definições concretas sobre tais assuntos, e sim opiniões e opiniões avulsas sobre tal coisa, (digo nas relações humanas, na arte, não na ciência), e é obvio que eu irei defender a minha opinião sobre “X” assunto, e por que eu vou está errado, se eu me baseio na minha vivência, no que vi do mundo?
Então qual é essa “Boa” educação? Nesse país mestiço, nesse país sem identidade, nessa mistura, qual é a “Boa” educação?
Eu posso morrer, ficar sem dormir, planejando uma educação de qualidade, mas logo em seguida, assim que publica-la, vão aparecer 66,666 para criticar e para dizer:
- Você está errado por isso, isso e isso, e ainda foi preconceituoso nesse ponto.
Ou
- Você está certo, mas isso aqui, lamentável.
Tem um ditado popular que diz assim:
“É impossível agradar a todos”
Por ironia, até agora, nunca vi ninguém descordar dessa frase, e se descordasse ela estaria certa do mesmo jeito, pois nem ela agradou a todos...
É complicado, pois sempre vamos subentender tudo, pois como disse, a informação que chega é um fragmento de várias coisas... E com isso é impossível não ter preconceitos, pois sempre haverá aqueles que você vai apedrejar, mesmo achando que está fazendo o bem, e sempre haverá alguém para lhe apedrejar, pelo mesmo motivo que você, pelo o seu bem!
O ser humano me fascina nesse ponto, pois ele é tudo e nada ao mesmo tempo, e suas frases se provam sendo “Tudo e nada”, pois sempre há aquele argumento que lhe bambeia a perna.
Deve ser por isso, que há outro ditado popular:
- De boas intenções o inferno está cheio.
E pior, deve ser por isso que Lúcifer é colocado como um anjo, quer dualidade maior, quer metáfora melhor!
O nosso tempo, para mim, não é o tempo da razão, para mim nunca chegamos nesse tempo, pois ainda questionamos condutas e brigamos por coisas pessoais, ainda criamos perguntas!
Somos leigos, mesmo com um mar de informação, de tudo, por isso a bíblia diz:
- E os justos reinaram os reinos do céu.
E por que os “Justos”, não o bom, não o ruim, mas o “Justo”. É simples, pela imparcialidade, pelo respeito que esse “Justo” vai ensinar, vai passar, mas ninguém, ninguém é justo, todos somos egoístas! Mesmo quando lutamos por causas nobres, pois só lutamos por algum querer, por:
- Eu “quero” paz.
- Eu “quero” dinheiro.
- Eu “quero“ amor.
- Eu “quero”...
E ser justo é respeitar o querer do outro, e deixar com que ele viva, sem interferir, “Livre arbítrio”, ta tudo lá, bem explicadinho, mas complicamos e culpamos um dos melhores livros, (não por ser usado em igrejas ou outra coisa associada a religião, e sim em riqueza de detalhes e metáforas), assim como culpamos filmes e outros tipos de arte, por nossa irresponsabilidade ou por nosso desejo de alguma coisa, que é para melhorar a vida pessoal!
- Não, você está errado, eu luto pelo bem comum!
E como esse bem comum, é bom para mim, se não conhece minha realidade, o lugar que vivo, a religião que sigo, as coisas que vejo e escuto? Como?! Por que tem essa pretensão?!
Em um país como nosso, nessa época de velocidades, de globalização, é tarde para buscar um correto, teria que matar e começar do zero, e seria o que a maioria, de todos os lados do dado, repudia, seria:
- Repressão e ditadura.
E como mudar?
Não mude, ensine o respeito, ensino a não matar, a não roubar, a não se auto destruir, com álcool, drogas e cigarro, ensine, repito, a respeitar a vida do outro, a escolha do outro, pois por mais que ache errado... Eu não quero ser desesperançoso, eu não quero que desista, de “sua” luta, eu quero que viva, feliz, independente do modo que escolheu, pois hoje, nessa modernidade, nesse mundo louco, nesse caos de informações, de risco, quem será o certo?
- Eu, você, ele, ela!
Eu digo, nenhum, talvez somos só egoístas mesmo, se divertindo e rindo daquele que vai contra a ideia...
Deixo agora com vocês, a parte de pensar, refletir e gerar uma opinião sobre o assunto, até.

Texto de Vinícius Diniz Rosa

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