Procurar pode, achar é outra história...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Até que a morte os separe

Livre
História de Vinicius Diniz Rosa© - Até que a morte os separe

Era uma vez, em um lugar distante, numa cidade comum, com prédios cinzas, e pessoas apressadas, tudo muito normal... Ou melhor, comum...
Como sempre há várias coisas acontecendo ao mesmo tempo, vários roubos, vários assassinatos, várias pessoas nascendo, vários divórcios, vários casamentos... E como o título mesmo sugeri, vamos pegar o grupo que se casa, tem vários, porem um casal felizardo será amaldiçoado, para um teste... Qual, e por que? Não me interessa, só quero brincar um pouquinho com essa frase “Até que a morte os separe”, acho que será muito divertido... Bem vamos ver qual?
Iria dizer “Olhe aquele casal!”, mas você está lendo, então não dá para vê-lo, obvio, então vou descrever, é um casamento simples, sem muitas frescuras, mas elegante, o casal, é um casal de negros, ih, negros... Bem melhor não me envolver, pois se escolho um negro para amaldiçoar vão me acusar de racismo, e isso não é bom nada bom, então vamos para o próximo...
Sim, esse aqui, vamos vê, o casamento já está cheio de coisas, e o casal, o casal é de homossexuais, também não posso amaldiçoar, já pensou, até vejo, as manchetes “Demônio que pseudo escritor inventa é Homofóbico!”, não posso fazer isso então, fica difícil....
Mas olhe esse, bem, é novo, são cachorrinhos se casando? Que? Bem os humanos me surpreendem, mas é melhor não, imagine só, ser acusado de maltrato aos animais, não posso... Será que vai ter alguém se casando que possa ser amaldiçoado?! Espero que sim.
- Não, não haverá ninguém...
- Como assim senhor que se acha escritor, ninguém?
- Serei acusado de abuso aos direitos humanos...
- AH... Que inferno, como poderemos fazer uma história então?
- Posso inventar um casal de E.ts?
- Nem pensar! Absurdo, escreve qualquer merda ai, que eles entenderão que é apenas um conto, um conto bobo!
- OK...
- Bem, então começando de novo:
Era uma vez, em um lugar distante, um casal muito feliz, que se conheceram de maneira comum, em um lugar comum, enfim iam se juntar em matrimônio, porém, eu, o demônio Fergus decidi a dedo, que eles seriam os amaldiçoados, e jogaram o meu jogo.

Até que a morte os separe

- O jogo é o seguinte, queridos leitores, prestem bem atenção, dizem que o amor vence barreiras correto, correto?! Então escolherei um casal, cuja a morte não vai separa-los! Porem, eles irão envelhecer, como qualquer ser humano normal, adoeceram, sofreram, mas nunca sentirão alivio, será que o amor será tão forte assim? Ou será que ele precisa do limite chamado Morte? Venha se divertir comigo, Fergus, nesse lindo conto de amor... Ou não...
O casamento foi o de praxe...
- Espere um minuto!
- O que foi chato?! Tudo bem que você que está escrevendo esse lixo, mas pode deixar eu seguir?
- Não, você está muito apressado, deve ir com calma, os leitores gostam de mistérios.
- Vá visitar Lúcifer... Por favor.
- Fergus pare de ser arrogante, eu posso escrever a sua morte!
- Ah, que medo...
- Fergus começou a ser amarrado do nada, cada vez ficava mais apert...
- Espere! - Interrompeu – Eu vou mais divagaaar. Pode deixar...
- Ótimo.
- Continuando, posso continuar né?!
- Pode...
- Continuando:
A cerimônia, foi uma festa simples, nada podia acontecer de diferente, até quando a noiva foi ao banheiro...
- Esse é um conto infantil, vê lá em...
- Eu sei... Eu sei! Posso...
- Sinta-se livre.
- Hum, bem onde eu estava, ah, sim...
Até que a noiva foi ao banheiro, ela começou a retocar a maquiagem, quando as luzes piscarão, e eu, esse demônio lindo...
- Não exagera...
- Cala a boca!
Continuando:
Esse demônio lindo surgi no espelho dizendo “Quero lhe oferecer algo!”, a noiva grita, é o de praxe, viu eu poderia ter pulado isso...
- Continua!
- Está bem...
A noiva grita, e eu saio bruscamente do espelho e tapo lhe a boca, dizendo “Não se assuste”, em tom digno de Shakespeare...
- Menos...
- É verdade leitores, eu tenho uma voz, muito bonita e sex!
- Claro...
- Escritor inútil – disse como suspiro – Agora continuando...
Eu, o lindão, prossegui com meu discurso, dizendo “Eu não sou ruim, só vou lhe amaldiçoar, mais nada, pois” acrescente um tom de apresentador de tv, locutor das casas Bahia, vendedor da Polishop, bem voltando a minha fala “pois você e seu marido, foram os grandes! Felizardos! Que ganharam a vida eterna! Eu andei conversando com as mortes do submundo e eles toparam em dá essa promoção a algum humano bast... feliz! Assim, basta você assinar esse contratooooooo! Que sua vida, será das mais longas e felizes de todos os tempos!”, a noiva me olhou com uma cara espantada, mas logo disse:
“Sério?!”
Eu com um lindo sorriso e minha cara carismática, respondi “Claro que sim! Por que mentiria? Como disse basta assinar! Bem... aqui” apontei com o meu longo dedo indicador a linha com um X.
Ela com entusiasmo, como Eva, assinou, meus olhos ficaram brilhantes, eu sorri, e disse com voz de vendedor da Polishop “Meus parabéns! Você acabou de se tornar eterna! Até mais vê, querida... Que bobinha, HAHAHAHAHA”, em menos de meio segundo eu desapareci, e ela se perguntou “Bobinha? Por quê?”.
- Escritor maldito!
- O que foi Fergus?
- Está bom assim ou quer mais?
- Tá, ta bom...
- Hum, acredito... Bem agora continuando... Antes, posso pular a lua de mel, e ir direto para o ponto que me interessa, e provavelmente interessa a todos, pois o que dá sentido ao conflito, já está explicado, posso?
- Bem...
- Essa história é para um blog, idiota! Não pode ser muito grande, afinal quem tem paciência de ler no computador!
- Pode Fergus, pode...
- Hum, continuando...
Muito tempo se passou, depois do dia em que a noiva assinou o contrato, que vendia a alma dela, e, de seu marido a mim...
Muitas doenças acontecerão, muitas eles ajudaram a enterrar, mas eles, eles ainda estavam vivos, cada vez mais velhos e doloridos, sem companhia de nenhum outro amigo ou filho, pois todos os conhecidos e filhos que podiam ter tido, morreram, os netos e bisnetos, bem também se foram, a esperança da família grande, não existe mais para os dois, pois alguns optaram por não ter filhos... Eles estavam só...
“Eu gostaria de morrer” Dizia o marido olhando o álbum de fotos de família, ele prosseguiu seu dialogo “Por que nós não... O... que ia dizer mesmo... Bom... Por que nós não morremos mesmo, queri-da? Você sabe de al-gu-ma coisa?” a mulher com lapsos de memória, naquele momento nada respondeu, o marido então continuo “Não vê... Que, é, extrema-mente tris-te... Eu...” a mulher o interrompeu “Queria entender?”, o marido espantado disse “Eu também”.
- Fergus...
- O que é?
- Dê-nos animo!
- AH, está bem... Já que está pedindo...
A esposa caquética, disse bem divagar “Por que não tentamos nós ma-tar?” O marido consentiu com a ideia, e em sua cadeira de rodas, ele foi até seu quarto, e pegou o revolver, voltando para a sala, ele disse “Eu não... Tenho coragem” a mulher foi andando devagarinho até ele, pegou o revolver, e disse “É para o nosso bem”, ela atirou no coração do marido, que não morreu. Eu então, apareço a eles, sorrindo e dizendo:
“Olá!”
O velho e a velha tonta, se surpreenderam ao me ver, e eu continuei:
“Não é por nada, mais vocês até que estão bem, depois de tantas anos... HAHAHAHAHAHAHA! Ainda se amam”
O velho balançou a cabeça em sinal de não.
“AH que pena, achei que seria lindo vê que mesmo acabados, doentes, solitários, os dois ainda iam se amar, e viver felizes!”
“Ela me deu um tiro” Disse gaguejando o velho “e como apa-receu aqui?”
“Nada que sua esposa não saiba! Ela é a culpada de viverem tanto, e estarem nessa condição tão podre e deplorável! Ela assinou esse contrato, e eu só desfaço-se, já sabem, é o clichê, se me derem suas almas para almoçar!”
O velho consentiu, pois depois de todos aqueles anos, depois de vê sua família morrer, seu mundo ruir, depois de vê que estava só, depois de vê que sua esposa deu um tiro nele, e estava tão doente quanto, não valeria mais a pena não morrer, é um preço muito alto, e nem o amor pagaria o suficiente...
“Você tem certeza” eu comecei a falar “E o amor que vocês tem um pelo outro, não faz você querer viver para vê-la sorrir?”
“Já faz tempo... que o ros-to... de minha princesa... não sorri... mais”
“Princesa?!”
“Nesse momento, a mor-te... É o...” respira “Nesse momento... A morte é a única coisa... que mante-rá nosso amor... eterno... Se continuarmos... Vou odiar” suspira e volta a tentar falar “ela e ela me odiará, para sempre... pois vamos se cul-par...”
“Então a morte é necessária até para o amor?!”
“Sim... Infeliz...”
“Não precisa dizer mais nada! Eu só os amaldiçoei por isso, para saber isso, obrigado, foram, até que uteis!” estra-lo os dedos, a morte aparece “Como prometido, pode mata-los senhora! Mas a alma fica na minha barriga, ou melhor, cozinhando em eterno sofrimento, na minha padaria tudo bem?!” a morte sorrindo fez sinal de indiferença, e os ceifou.
Fim!
- Acabou?
- Acabou... Ah, até que foi divertido, eu acho...
- Bem... Fergus meu filho, se não foi, e se não gostarem, pelo menos se arriscou naquilo que queria fazer.
- Finalmente! Em!
- Como?
- Finalmente disse algo decente... Escritor maldito! HAHAHAHAHAHAHAH!
- O que?! Fergus começa a ser amarrado...
- Não, de novo não! Desculpe-me papai!!!!!!!!!!

                                                                                                                             Fim
 
- Acha mesmo que vou morrer, AHHHHHHHHHHHHHHHH! - Fergus gritou assustado, pois uma grandiosa rocha caiu em sua cabeça, ele com o braço direito para fora, e a cabeça para fora disse – Te odeio, filha da pi – essa história é livre, palavrões não! - Escritor irritante, eu te pego um dia maldito!

História de Vinicius Diniz Rosa© - Até que a morte os separe

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