Procurar pode, achar é outra história...

sábado, 23 de junho de 2012

Sombras da noite – Critica


Texto atualizado em 25 de junho de 2012 ás 2:54 da madrugada.


  Em uma época onde vampiros tem que ser, infelizmente, diamantes, Barnabas Collins e sua família, infelizmente, não vem agradando os críticos...
  Porém o filme não é ruim, é ousado, rápido, uma mistura de gêneros, transitando pelo terror, a comédia, relembrando o bom e velho humor negro, e o “Terrir”, uma retomada ao “Horror” clássico, trazendo novamente o VAMPIRO, não uma frescura sem classe...
  Adoro os filmes de Tim Burton, pois neles, não há discernimentos entre bem e mal, há pessoas, com desejos, com objetivos, com vontades próprias, que lutam pelo o seu certo, tendo se nesta mais nova produção, personagens bem, em meu ponto de vistas interessantes e bem definidos, abaixo segue, um apanhado geral de cada um.




A suposta vilã, foto ao lado, Angelique, uma Bruxa vingativa, uma psicopata, que faz loucuras por seu amor, as vezes adolescentes não entendem, que não morremos por amor, e nem deixamos o nosso amor livre, afinal geralmente uma grande maioria tem uma visão mais romântica do mundo, porém na realidade, somos ciumentos, prendemos o amado, e castigamos-o, torturamos para que, se com você não ficar, com ninguém mais fica... Assim somos tanto com pessoas e objetos, mas quando é o outro que é possessivo, ele será o errado, o ciumento, o chato, pois é mais fácil apontar erros do que ver que também temos defeitos, e isso é a Bruxa, apaixonada, louca, porém possuidora de um mais terno e puro amor.










   Roger Collins (imagem ao lado) um homem que muitos acharam, ruim, sem coração, por abandonar seu filho, porém, toda história tem dois lados e se nós colocarmos no lugar do pai (para quem gosta de se por no lugar dos outros),  que tem um filho que supostamente fala sozinho, fica assustando as outras pessoas por prazer, fala coisas sem sentido, vemos que o pai, também está cansado de ter essa grande responsabilidade, e de não achar nunca uma solução para esse problema, por este fato, é muito mais coerente fugir e ele escolhe dá as costas... Absurdo? 









 Doutora Julia Hoffman, uma mulher, que vive embriagada e tem o desejo de se manter bela, ela vê em Barnabas, o modo de realizar seu sonho, e ela o engana para conseguir o que quer, afinal, apesar de ela vê como Barnabas sofre como vampiro, temos de entender que ela não é Barnabas, ela tem outra história de vidas, portanto, ela tem seus próprios desejos e sonhos, por isso ela vai fazer a "maldade" com Barnabas, você também não luta por seus sonhos apesar de a sociedade muitas das vezes achar errado, então? Me diga será que ela está errada por correr atraís de seu ideal, que por mais que seja egoísta, é um ideal?










Elizabeth uma mulher que veste a mascara da força, para poder conquistar aquilo que era de sua família, para poder realizar seu desejo de reaver a gloria de sua família e empresa, a mais centrada da trama, a mais sofredora da trama, carregar nas costas o sobrinho que não é amado pelo pai e orfã de mãe, ver sua filha se tornar uma rebelde por não ter lazer, por não ter uma vida normal e mesmo assim ter de contornar e resolver os problemas da empresa, muitas das vezes é vista como megera, por parecer por a frente o topo, mas é a mais família do clã Collins, e ela prova isso quando sofre ao ver sua empresa pegar fogo, quando chora ao ver sua filha caída a seus pés, pois ela ama e defende seus desejo, apenas de uma maneira mais calculista.









A filha de Elizabeth, Carolyn, morre de ciumes de David, por achar que todos, por ele ser o menor da casa, tratam ele de maneira especial, sofre por ser uma adolescente em um lugar onde não se tem, praticamente “lazer”, acha que a mãe não a ama, e se torna uma rebelde... Porém, não deixa de amar a família, ela apenas não sabe como se expressar, afinal, puberdade, faze difícil para muitos, cheia de conflitos internos e mudanças no corpo, para quem acaba de ser criança, fica difícil entender o por que de não tratarem mais da mesmo forma, é só aprendendo com o tempo, e não é maldade... Ou será?









   
  O garoto David, filho de Roger, pequeno, mas inteligente e esperto, porem excluído por todos, excluído pelo pai, excluído pela tia, excluído pela psicologa que foi contratada para o tratar, porem a tutora Victoria Winters é contratada para dar uma luz para o garoto, mas infelizmente não o salva do sofrimento de se tornar um completo órfã de pai vivo, por esse motivo ele se vê no dilema de crescer rápido demais, e sua cabeça, e seus olhos que enxergam os fantasmas, tornam-se um abismo, que deve se tratado com amor, sorte que Barnabas está a seu lado, junto de sua tutora.










Victoria, a reencarnação do amor de Barnabas, sofreu da mesma traição que David, porém foi mandada para um hospício, por ver fantasmas, seus país também não a suportavam por sua diferença, o desejo de ter um filho normal, a fez cair na desgraça da solidão de 4 paredes brancas, com um fantasma horrendo ao seu lado.















  E Barnabas Collins, um vampiro, que tem sede de vingança contra a bruxa Angelique que lhe amaldiçoou, a 200 anos preso, ele retorna, com esse desejo, achando que o tempo não passou, sofrendo com essa lacuna, pela falta de seu amor, e pela desgraça da Bruxa que destruiu todo o prestígio da família Collins, alem de ser muito “família”, ele reuni a família novamente, traz para eles o amor, e despensa os defeitos que considera.









  
Considerações sobre o enredo:
Como disse em pequena introdução, o filme não é ruim, é ótimo, uma bela história, que retorna traz de volta o "horror" de vampiros clássicos, sim, não é uma obra perfeita, tem-se um defeito em seu enredo, que é uma cena, um pequeno fragmento do final, uma coisa sem sentido, algo banal, que eu não conseguir entender, por que diabos Carolyn, virá lobisomem? Se o próprio filme, em momento algum, não citou lobisomens, essa falha, talvez, deva-se ao fato, de ser baseado em uma novela de mais de 1000 episódios, que tinha lá em seu enredo, lobisomens, nisso, por algum tipo de respeito, eles colocaram o lobisomem, ou melhor, a lobisomem, porem, ainda adoro o filme Sombras da Noite, e achei uma ótima reviver o "Vampiro", e mostrar esse maravilhoso romance ao público de 2012, que está tão acostumado a ver porcarias, que julgam como porcarias coisas boas... Alem de o jovem de hoje ser um jovem que vive em utopias, fica difícil um filme como "Sombras da noite", que lembra ao público o que é o ser humano, que lembra ao público que todos tem defeitos, que todos somos podres, e que temos que se respeitar e não mudar a "felicidade" alheia, por ser, apesar de ser uma fantasia, algo verdadeiro, real, simples e bonito... Uma obra inteligente... Que não se tem amarras de gêneros, é um "Terrir" para toda a família, é triste ver uma obra dessa, se tratada como lixo...
Enredo rápido e fácil, compreensível e acessível, com uma mensagem bonita, para mim Tim Burton não errou nesse filme, ele acertou a mão, e fez um ótimo trabalho, se não assistiu assista, e tire suas conclusões, afinal, gosto é gosto, e você pode não gostar, assim como eu gostei, e isso é o seu direito! Bom filme! Boa diversão!


Texto de Vinicius Diniz Rosa

2 comentários:

  1. Gostei, estava mesmo querendo assistir esse filme. Que bom que fez uma crítica desse filme aqui no blog, foi realmente muito interessante. Com certeza irei gostar do filme.
    Parabéns pela postagem.

    ResponderExcluir
  2. Oi Vinícius. Eu concordo com vc. Sombras da Noite não é um filme de horror como muita gente pensou,mas propõe uma mistura de gêneros. Na verdade, ele é uma mistura de comédia de costumes, humor negro e filme gótico, bem ao gosto bizarro de Burton. Assim como vc gostei muito de Sombras e achei muito divertido. Acho que Depp e Green tem muita química, e gostei, especialmente dela compondo uma Angelique vingativa, sexy e porque não humana. Não acho que o filme tem uma reviravolta abrupta com alguns críticos apontaram, afinal o foco é mesmo nela e em Barrabás (Depp que está hilário) e as diferenças entre eles tinham que ser resolvidas não é mesmo? Acho que focaram nesses dois personagens centrais, para não perder o fio narrativo e deixaram de lado a família Collins, que tirando a Catherine não tem nada que a difere de outras famílias disfuncionais. Resumindo, aprovei o filme que é uma releitura dos personagens e situações da série Dark Shadows e se propõe a ser uma diversão sem grandes pretensões e não uma grande obra de arte como alguns críticos tapados acham que deveria ser. Enfim, é isso. Um abraço.

    ResponderExcluir